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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Um tema a reflectir

A psicóloga Ana Caetano fala de um tema muito controverso que cada vez mais suscita discussão, o que fazer quando se tem filhos... isto na pele de uma mãe, esposa e trabalhadora. 

Será que a sociedade está feita para famílias, onde os dois pais trabalham ou será que devemos mudar e voltar ao antigamente?!

Este texto faz-nos pensar...


"Cara mãe e dona-de-casa,

Depois de anos de luta pela igualdade de direitos, a mulher passou a ter como opção desenvolver a sua carreira: trabalhar em áreas que estavam normalmente associadas aos homens e a poder realizar-se profissionalment. E, neste momento, para algumas mulheres esta realização profissional é indispensável. A questão agora coloca-se de maneira inversa: “se só me dedicar à casa e aos filhos, serei preguiçosa, descuidada ou menos do que as outras mulheres?” Como diz o povo, “não há fome que não dê em fartura”.
Hoje em dia, com a conjuntura económica mundial, muitos agregados familiares com filhos, perdem dinheiro ao manterem os dois elementos do casal a trabalhar. Isto porque, somando refeições fora e transporte para todos, colégios/ATL, actividades extracurriculares, etc. por vezes, é mais o dinheiro que sai do que aquele que entra. Tendo em conta esta realidade, acrescida do desgaste físico e psicológico que gerir uma casa, filhos e um emprego gera, são cada vez mais os casais que optam por prescindir de um ordenado.
Outro aspeto a ter em conta é a importância do acompanhamento do crescimento dos filhos, onde diversos estudos referem a importância da atenção, carinho e disciplina no saudável desenvolvimento do ser humano. E como mãe sabe e sente a enorme paciência necessária para as brincadeiras, perguntas, birras e disparates dos adultos em vias de desenvolvimento. Assim, podemos estar a investir num futuro melhor para os filhos, e em termos mais amplos para a sociedade. E, desta forma, primemos por lhes dar atenção, amor e disciplina de forma continuada e não a correr depois de um dia extenuante de trabalho e trânsito ou antes da corrida para os colocar a tempo e horas no infantário e seguir para o emprego.
Acrescente-se a isso uma reviravolta na escala de valores da sociedade. Num editorial recente do Jornal I (http://www.ionline.pt/portugal/agora-algo-radicalmente-diferente-melhor-trabalhar-so-21-horas), aparece referenciado um grupo de reflexão que nos alerta para um fato curioso: num futuro a médio, longo prazo, fala-se que não haverá trabalho suficiente para todos e assim a importância de se reduzirem das atuais 40 horas de trabalho para 21. O planeta também já não terá recursos por muito mais tempo para sustentar todas as solicitações de consumo, sendo importante confecionar as refeições ou arranjar roupa, em vez simplesmente de adquirir comida feita ou vestuário novo. E assim a queixa: “não tenho tempo”, poderá ser coisa do passado.
A pressão que sente para voltar a trabalhar tem mais do que contra-argumentos para se manter dedicada à casa e à família, mas… ficam-me algumas dúvidas: sente necessidade da realização profissional associada a um trabalho fora de casa? E quando os filhos crescerem e se tornarem autónomos, poderá acontecer sentir um vazio de existência, uma vez que se dedicou à casa e aos filhotes. Estará preparada para isso?
A resposta genuína a estas questões poderão esclarece-la quanto ao melhor caminho a seguir para já e no futuro.
Alguns de nós poderão sentir grande satisfação em manter uma família feliz, organizada e harmoniosa; outros sentem que só realizando o seu potencial no mundo do trabalho poderão sentir-se mais felizes, outros ainda sentem que terão de harmonizar estas duas necessidades nas suas vidas. Quando coloca estas questões a si própria, o que sente?
Votos de boa reflexão e melhores decisões!




Ana Caetano
Psicóloga Clínica 




terça-feira, 3 de setembro de 2013

Feira Medieval

De regresso a casa e às rotinas, sabe bem rever as fotografias das férias que acabaram e que souberam tão bem. Num dos nossos passeios fomos à Feira Medieval de Silves, não foi uma visita longa, mas o suficiente que nos permitiu ver cores e cheiros, que nos levam até ao passado e nos deixam saudosos de mais férias assim.
Estas férias foram especiais... foi o primeiro verão do F, onde pode gozar a praia, os passeios em família e a C foi o primeiro verão com o irmão. Agora que o F começa a interagir com ela, a C delira, nunca foi uma criança que gostasse de estar sozinha, sempre gostou de agitação, confusão e pessoas, é fácil levá-la a qualquer sítio, só não está bem fechada em casa.

As fotografias falam por si, apesar de nem tudo remeter à época medieval, é um encanto encontrar diferentes culturas, sabores e cores.





Maia's A